Em qualquer aula de autoescola, você aprende que a primeira
coisa a fazer ao entrar no carro é ajustar banco e espelhos. Parece algo
simples, não? Mas você sabe regular o assento da forma correta? Sabe qual é a
ordem a seguir?
Mais do que o
conforto, esse ritual envolve a saúde e a segurança dos ocupantes de veículo.
Com o banco bem acertado, o motorista tem a força necessária nos braços para
desviar com rapidez de um buraco ou evitar um atropelamento, a garantia de que
o cinto de segurança vai funcionar com eficácia numa colisão e uma ajuda a mais
na redução do cansaço do corpo, de dores musculares e até de doenças da coluna.
Especialistas da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego
(Abramet) explicam que a posição incorreta do condutor, aliada à vibração do
veículo, provoca uma fadiga muscular intensa que pode levar a lesões vertebrais
graves. "O condutor deve encontrar sua zona de conforto, ajustando o
assento aos pedais, que são fixos, de forma a alcançá-los sem
esforço, e depois
ao volante”, afirma o consultor em ergonomia João Bezerra de Meneses. “O
correto é não encostar nem a panturrilha nem a parte posterior do joelho no
banco.”
É importante
lembrar que não existe apenas uma posição ideal. Às vezes você consegue o mesmo
efeito com diferentes combinações de ajustes. Aliás, a mudança de postura é
necessária durante um longo tempo ao volante, para que área de esforço seja
trocada constantemente, sem sobrecarregar determinada parte do corpo. Uma leve
mudança na inclinação do encosto pode resolver. Assim como fazer uma pausa de
alguns minutos a cada duas ou três horas.
Sempre que
houver dúvidas sobre se está tudo no lugar, faça o teste. Sem tirar as costas
do banco, verifique se os comandos do painel e a alavanca de câmbio estão à mão
e são fáceis de usar, se os instrumentos podem ser visualizados com facilidade
e se o cinto de segurança está justo e não causa incômodo. Tudo certo? Então é
só dar a partida e seguir viagem.
Se puder ajustar o assento, não o deixe muito alto, para evitar
pressão na parte de trás dos joelhos. Deve haver pelo menos três dedos de
distância, para que nervos e veias não sejam pressionados e não comprometam a
circulação, causando dores e cansaço.
Encosto
A coluna deve ficar totalmente em contato com o encosto. O
melhor ângulo é entre 100 e 120 graus. A inclinação excessiva aumenta o risco
de deslizar sob o cinto numa colisão. O encosto mais reto deixa os músculos
tensos, provocando desconforto.
Pernas
Para regular a distância do banco em relação ao painel,
pressione o acelerador ou a embreagem até o fundo, até que o joelho fique
levemente flexionado. Quando em descanso, a planta do pé deve ficar totalmente
em contato com o piso.
Volante
Se houver ajuste de altura ou distância, o volante tem de ser
posicionado de maneira que se vejam todos os instrumentos, sem precisar mover a
cabeça para ler alguma informação. A direção não deve tocar nas coxas – deixe a
distância de cerca de um punho.
Mãos
Segure o volante com as mãos correspondentes aos ponteiros de um
relógio na posição 10h10 ou 9h15. Isso garante a liberdade de movimento para
girá-lo com rapidez, no caso de um desvio de emergência.
Espelhos
O retrovisor interno é o primeiro a ser regulado e tem de
visualizar todo o ambiente atrás do carro. Os externos devem manter a linha do
horizonte no centro do espelho e mostrar o mínimo possível da carroceria, a fim
de reduzir ao máximo os pontos cegos.
Cabeça
O retrovisor interno é o primeiro a ser regulado e tem de
visualizar todo o ambiente atrás do carro. Os externos devem manter a linha do
horizonte no centro do espelho e mostrar o mínimo possível da carroceria, a fim
de reduzir ao máximo os pontos cegos.
Para
encontrar a melhor posição do apoio de cabeça, levante-o até que a linha dos
olhos fique bem na metade do encosto. Se possível, deixe uma folga de cerca de
três dedos do apoio. Em caso de acidente, assim ele absorverá o impacto com
maior eficácia.
Braços
Ajuste o encosto do banco depois da distância do assento. Ao
segurar o volante, o cotovelo tem de ficar levemente dobrado (cerca de 120
graus). Para checar, veja se as mãos ficam juntas no alto do volante sem
descolar os ombros do banco.
Cinto de segurança
Posicione a faixa superior do cinto bem no meio
do ombro. Assim, numa batida, não há risco de ele enforcar o motorista ou
escapar do peito. Puxe a parte inferior para que não fique folgada sob o
abdome, tornando-o mais eficaz. Ele deve ficar justo, mas nunca apertado.
Fonte:4rodas
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