
O estabelecimento fica no Conjunto 27. O proprietário, João
Antônio, relojoeiro conhecido na região, relata que falta policiamento
ostensivo. Para piorar, diz ele, ao
chegar à 26ª Delegacia de Polícia para registrar a ocorrência, na quinta- feira
passada, o local estava inoperante. O motivo, segundo o agente que estava na
entrada, seria a falta de luz. O caso foi
encaminhado à 32ª DP, em Samambaia Sul.
“Não tem polícia”
Esse é apenas um dos vários casos de roubo relatados. Os
comerciantes da expansão de Samambaia dizem viver dias de terror. A empresária
Simone Soares, 25, dona de uma loja de roupas no local, reclama que a segurança é precária. “Uns
rapazes me roubaram e levaram o meu celular. A polícia levou uma hora para
aparecer. Daí, fizeram uma ronda, mas não conseguiram pegar ninguém. Aqui, quem
quiser roubar rouba, porque polícia não tem”, dispara.
O vendedor Sérgio dos Santos, 33 anos, trabalha em uma
farmácia e afirma que a loja já “bateu o
recorde” do ano passado, sendo assaltada seis vezes. Ele conta que a
maioria dos crimes é cometida por menores munidos com armas e facas. “Aos fins
de semana, trabalhamos atrás das grades porque é assim que dá para abrir o comércio.
Mas quem deveria estar atrás das grades
não fica”, destaca.
Os pedestres também sofrem com assaltos nas paradas. Ainda
de acordo com Sérgio, em plena tarde, uma colega também foi assaltada.
A atendente de uma padaria Glaciane Fátima, 31 anos, diz que
vê rondas pela região, mas que não são suficientes para garantir segurança. O
dono do estabelecimento teve que contratar
segurança particular: “Apesar disso, tenho medo porque a violência é
grande. Assalto por aqui acontece todo dia. Somos pessoas de bem, estamos
trabalhando. De repente, chega um criminoso e não dá para saber se voltamos do
trabalho ou não”, desabafa.
Segurança só do portão para dentro
A dona de casa Daiane Ferreira, 32 anos, se sente segura
apenas dentro de casa, rodeada por grades, e não arrisca deixar o portão aberto. “Quase não saio. De
uns tempos para cá, cansei de ver assalto acontecer. Não confio mesmo e prefiro
não arriscar”, comenta.
Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que, no policiamento na expansão de
Samambaia, são empregados dez policiais, além de uma viatura exclusiva para a
área comercial. Segundo a
corporação, viaturas fazem o patrulhamento de dia e à noite.
O 11° Batalhão destacou ainda que está de portas abertas
para receber a população por meio de críticas e sugestões como forma de
aprimorar o atendimento das demandas da comunidade
Segundo a Polícia Civil, no caso da relojoaria assaltada, a
delegacia não estava fechada, o que ocorreu foi uma queda de energia,
impossibilitando o registro naquela unidade. Porém, a vítima registrou o fato
em outra delegacia.
Fonte: Jornal de Brasília
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